Prazer, Marcos Vinícius Goulart

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sábado, 2 de outubro de 2010

ERA DO CONHECIMENTO OU DESCONHECIMETO?

Certo presidente teve um grande desejo de construir um grande centro de estudos dentro da maior comunidade carente do país. Este centro seria a melhor escola do país, onde daria a formação de pré-escolar, ensino fundamental, ensino médio e terceiro grau. Este centro teria a capacidade de matricular todas as crianças, jovens e adultos da comunidade.

Seria equipado com o que há de mais moderno em tecnologia e computadores de última geração. Também haveria muitos recursos para área de pesquisas científicas. O corpo docente seria composto com as mentes mais brilhantes e talentosas do país. Muitos destes professores tinham especialização no exterior e receberiam altos salários, para estarem sempre motivados.

Nunca na história do país alguém havia vislumbrado tamanha obra e construído algo tão grande e que causasse um impacto em todas as camadas sociais. Era um choque, uma revolução social, pois os menos favorecidos nunca antes haviam sido favorecidos desta maneira. Houve certa pressão de algumas classes e partidos para que esse projeto não fosse aprovado, não porque não entendiam a visão de crescimento do presidente, mas porque se sentiam ameaçados a não mais predominarem. Mas a idéia entrou na mente e no coração do povo, pois trazia a memória uma grande e única esperança, e quando a massa quer algo, a minoria não pode contra a massa.

Então o grande dia da inauguração chegou, foi organizada uma grande festa, com uma grande estrutura, houve grande comparecimento de artistas, políticos, empresários e pessoas de outros países. Houve show com cantores e artistas, filmes do início e do final da obra foram projetados em um grande telão.

O presidente se levantou no meio da festa e fez um grande discurso. E declarou: ¾ Minha grande e amada nação, hoje estamos pela primeira vez de mãos dadas, juntos, unidos e ligados em um grande propósito. Impulsionar esta grande nação ao crescimento científico e tecnológico, ao ponto de alcançar um padrão mais elevado que a nação mais rica do mundo.

Neste momento a multidão aplaudiu, e deu brados de vitória.

O discurso continuou: ¾ Daqui deste grande centro de formação sairão os homens e mulheres que comandarão este país, e nos conduzirão ao nível de primeiro do mundo. Grande nação se apodere do conhecimento, bem vindo a ERA DO CONHECIMENTO. Pois a era industrial, na qual vivíamos já se foi.

Neste final o discurso chegara ao clímax, à emoção era muito grande.

Mas o tempo passou, as portas para o primeiro ano letivo se abriram, houve uma grande aceitação no primeiro momento. Mas com o tempo os problemas começaram a surgir.

O primeiro problema enfrentado foi à evasão escolar, os profissionais do centro de estudos não conseguiam motivar aqueles que entraram na metade do ensino fundamental até o ensino médio a comparecerem as aulas. Os motivos da evasão eram os mais diversos, mas o que ficava mais claro era que esses alunos não se adaptaram a nova cultura de estarem em sala de aula aprendendo coisas novas, antes preferiam estar nas ruas. Esse problema já não afetou os menores, das turmas mais baixas.

O segundo problema foi gerado por causa do primeiro, com a evasão abriu-se a oportunidade de matricula para alunos de outras regiões e classes sociais, e isto afetou profundamente o propósito da construção do centro de estudos, que era dá oportunidade aos menos favorecidos da comunidade.

O terceiro problema começou a acontecer anos depois, quando os alunos que começaram no pré-escolar se formaram no terceiro grau. Sim estes aprenderam que deveriam estudar por isso resistiram até o final. Mas Como sempre ouviram que estavam ali para se formarem e enriquecerem a qualquer custo. A maioria deles foi embora da comunidade e até do país para trabalharem para quem pagasse mais. Realmente muitas famílias mudaram as suas vidas, mas nenhuma dessas vidas mudou a realidade da sua comunidade. Alguns daqueles pequeninos até se tornaram grandes políticos, juízes, sociólogos, cientistas e empresários influentes. E alguns deles até chegaram a se envolver em corrupção e chorarem na televisão. Esse certamente não era o sonho daquele presidente visionário.

Esta é uma estória interessante, crítica e no ponto inicial até sonhável. Ela retrata inicialmente a idéia do crescimento do país, nos orienta no tempo em que vivemos o choque de entrada na época do conhecimento, da tecnologia, as exigências por ter conhecimento científico e especializado para ocupar bons empregos e perceber bons salários. É uma realidade. Mas para construirmos qualquer coisa na vida desde um casebre até um arranha-céu, devemos antes construir uma base sólida. E a base deverá ser aquilo onde gastaremos mais tempo, por dar até mesmo mais trabalho. Depois levantar os andares será rápido.

Mas em relação às pessoas este capital humano tão complexo, que visa também ter um crescimento social, profissional, emocional, espiritual e familiar. Também deve ter uma base sólida. Porque as pessoas são alimentadas por sonhos, pois até mesmo o mundo em que vivemos foi sonhado antes mesmo de ser construído. Campeão o sonho de Deus hoje é que você aceite Jesus como sua base sólida, como seu salvador. Por que Jesus vai declarar em João capítulo 6 versículo 29 “ A obra de Deus é esta: que creiais naquele que Ele enviou.”

Observemos agora os problemas da estória, aqueles alunos já tinham alicerçado dentro do seu coração e mente a obediência contrária ao estudo. Não existia neles um prazer ou desejo por estudar e obter conhecimento. No livro de Oséias capítulo 4 versículo 6 Deus declara o seguinte: “ O meu povo está sendo destruído por falta de conhecimento.”

Mas que conhecimento é esse? O conhecimento humano? Primeiramente não. Mas por falta do conhecimento da palavra de Deus. Antes de este conhecimento ser difundido pela igreja ele deve começar a ser ensinado nos lares familiares. Ele deve está de mãos dadas com a educação familiar. Pois todo aquele que conhece, e prossegue em conhecer o Senhor, sente o desejo muito grande de crescimento. De melhorar o ambiente em que vive. Como criação divina, quando nos envolvemos com Deus e buscamos o seu Reino em primeiro lugar, recebemos logo a vontade de acrescentarmos em nossas vidas de tudo que há de melhor desta terra. E isto inclui educação melhor, um lar melhor, relacionamentos melhores, hospitais melhores, governantes melhores. Mas se desprezamos a palavra de Deus logo estamos fadados ao desconhecimento do melhor, e aí multiplicamos a miséria, a ruína, a escassez e a fome.

O terceiro problema nos revela as mazelas que um ser humano é capaz de fazer quando mesmo tendo poder, conhecimento humano, mas não foi educado na palavra da verdade ou despreza o conhecimento de Deus. Logo reina uma obediência à iniqüidade, ou seja, corrupção.

Vejamos a carta aos Romanos no capítulo 1 versículo 28 ao 32.

“E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém; estando cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdias; os quais conhecendo a justiça de Deus ( que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que fazem.”

“O que o homem procurar conhecer, logo lhe será revelado. Procure o bem, pois amando o bem serás bem-aventurado. Mas o que despreza o bem, logo o mal se revelará.”

Marcos Vinícius Goulart, Mentor

Este texto é parte do livro (O Verdadeiro Campeão) capítulo 25, página 110 de autoria de Marcos Vinícius Goulart.